MEMORIAL DA POLÍCIA MILITAR “TENENTE LUIZ RABELO”
POR JURANDYR NAVARRO
Inaugurado aos 25 de julho de
2014. A ideia de sua implantação coube à clarividência e desempenho, notáveis,
do Coronel Ângelo Mário de Azevedo Dantas, atualmente comandante-geral da
Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Mencionado militar é dos intelectuais
mais dedicados à nossa cultura histórica. Pertencente aos quadros do Instituto
Histórico e Geográfico, escreveu a mais completa obra sobre a nossa Polícia
Militar, em dois volumes, enumerando a datação dos seus atos oficiais.
Representam páginas das mais importantes, elaboradas com amor, inteligência e
devotameto, por causa tão nobre da cidadania pátria.
A pesquisa, da sua autoria,
constitutiva do Memorial em apreço, é definidora de um marco indelével da nossa
memória cultural. Vem ela preencher, com sua luz, o outrora vácuo escuro e
indefinidor do passado, mostrando a imagem gloriosa da nossa briosa Força
Policial, no decorrer do tempo, mercê a sua participação em defesa da sociedade
potiguar.
A porta de entrada do Quartel
Geral abre vista ao amplo espaço, cujas paredes se acham emolduradas por
fotografias de apreciável dimensão, de eventos importantes. À esquerda, à
entrada do Memorial propriamente dito, lê-se: Sala Histórica “Tenente Luiz
Rabelo”, Patrono da instituição histórico-cultural. No interior da aludida
sala, lê-se o dístico da nobre Corporação : “Vigilantis Semper”.
A criação da Polícia Militar
do nosso Estado deu-se aos 27 de junho de 1834. Era chamado “Corpo Policial da
Província”. Referida criação ocorreu no governo do Presidente Basílio Quaresma
Torreão. O seu primeiro Comandante desse “Corpo de Cavaleiros”, foi o então
Tenente-Ajudante Manoel Ferreira Nobre, por sinal, o nosso primeiro
historiador.
A presente denominação da
Polícia Militar do Rio Grande do Norte foi dada somente no calendário de 1947.
Fotos do citado Presidente da
Província e do primeiro Comandante se acham em destaque, no cenário cultural do
Memorial, assim como o de Tiradentes, o Patrono dos Policiais Militares do
Brasil, sendo ele, também, o Patrono Cívico da Nação Brasileira.
O ato oficial da criação da
força Policial foi assinado por Antônio Xavier Garcia de Almeida, então
Presidente da Assembleia Legislativa Provincial do Rio Grande do Norte, através
a Resolução de nº 26, de 27 de junho de 1834.
Diversas as Sedes do seu
Comando, dentre outras: Rua Silva Jardim, em 1908; após, a da Rua da atual
“Casa do Estudante”. Uma das vezes ela se mudou para São José de Mipibu.
Finalmente, a localizada na Avenida “Rodrigues Alves”, no bairro do Tirol,
desta Capital.
A sala do Memorial contém um
sem número de peças antigas, fotos, troféus, uniformes, capacetes, armários,
telefones, incluindo celulares, peças de armas de todo tipo, painéis de imagens
fotográficas, retratando tempos decorridos e circunstâncias, mostruário de
armas, bandeiras, figuras humanas de várias atividades, bacharéis em geral, políticos,
autoridades eclesiásticas, sacerdotes, objetos, tais medalhas, distintivos,
livros de poesia do Patrono Luiz Rabelo; autor Antônio Nonato de
Oliveira (2º BPM), “Notas para a História”; de Ângelo Mário de Azevedo Dantas:
“História do Hospital Cel. Pedro Germano”; Rômulo Wanderley, “História do
Batalhão de Segurança”; “Estatutos e Regulamento Interno”.
O Painel de nº 03/V, enfoca
temas ligados à Companhia Feminina de Polícia e Corpo de Bombeiros.
Há um Painel, contendo retrato
de Jararaca, preso em Mossoró, do Bando de Lampião, 1927. Outro indicativo da
chamada Intentona Comunista de 1935. Chama a atenção o da Família do Soldado
Luiz Gonzaga, na cerimônia do traslado dos seus restos mortais, para o Quartel
do Comando Geral em 1960. E da Revolução Constitucionalista de São Paulo, em
1932.
Transcrevo os termos de um ato
de nomeação de 15 de outubro de 1930, assinado pelo então Diretor-Geral do
Departamento de Segurança Pública, o qual nomeia o Segundo tenente Abílio
Campos, para Delegado de Polícia, do Município de Santana dos Matos. O ato é
assinado pelo então Diretor-Geral João Café Filho.
Num banner consta os dizeres:
“Solenidade de Inauguração do Memorial da Polícia Militar. Na ocasião foi
entregue, pelos netos, a espada do Coronel Lins Caldas, que ocupou o cargo de
Comandante-Geral, durante dezenove anos”.
Outros painéis, numerosos,
expõem fotografias, expondo a trajetória histórica do nosso brilhante órgão
militar, protetor da nossa cidadania.
Destaque-se as fotos dos
Capelões, Eugênio Sales, em 1938, e a do Padre Manoel Barbosa, na década de
sessenta.
Duas galerias de imagens
fotográficas, no perfil tradicional, se acham fixados à posteridade: a dos
Bravos e a dos Comandantes-Gerais. Em relação à primeira, exibidora de algumas
lacunas, a pesquisa continua, já que é submetida a julgamento a sua
escolha. A outra, trataremos a seguir, na ordem cronológica de cada gestão:
FONTE
FOLHA DA CIDADE

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